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Missinho, o primeiro à esquerda, com a guitarra na mão, ainda no Chiclete (Foto: blogdomarcelo.com.br) |
Sei lá o que aconteceu. Foi tudo muito rápido no momento. Ele pegou a guitarra, meteu no estojo e desceu do caminhão. No meio da avenida Getúlio Vargas, onde acontecia a Micareta de Feira de Santana, no início da década de 80.
Desci atrás. Eu fiquei num misto da curiosidade de jornalista e também preocupado, em razão da proximidade que tinha na época com a banda, e queria saber o que estava acontecendo.
Depois de uma caminhada rápida pela avenida e uma parada, Missinho começou a conversar comigo, alegando estar sendo “explorado pela banda, não tendo o devido valor”, e sobre a possibilidade de decolar com a carreira solo. Essas coisas muito comuns do meio musical.
Ouvi e voltei pro trio.
A realidade é que o Chiclete com Banana já tinha trio próprio e já estava começando a trilhar um caminho em direção ao sucesso. E Missinho era figura importante nisso: a grande maioria das músicas era composição dele e caía no gosto popular. Era também um excelente solista na guitarra baiana. Uma espécie, portanto, de astro da banda.
Quando ele desceu no caminhão em plena avenida Getúlio Vargas, foi uma agonia. João, o mais tarde denominado John, o índio, era praticamente guitarra base. Aí teve que, repentinamente, assumir solo. Ele chorou. Chorou em cima do trio. Não sei se de medo ou lamentando a atitude de Missinho.
No momento, Bell dava a maior força a João. Olhava pra ele, gritava, dando apoio. E o trio continuou a festa.
Acho que a crise entre Missinho e O Chiclete já vinha se arrastando. Não sei. Ou talvez Missinho tenha achado, da noite por dia, que ele era o astro, estouraria de sucesso sozinho e seria insubstituível na banda. Bom, ele é um senhor músico, era realmente muito importante no Chiclete, mas deu no que deu...
Detalhe: a guitarra que Missinho tocava na época tinha sido um presente de Edson Felzemburg, do bloco Os Nacionais, um dos maiores incentivadores do Chiclete com Banana. Edinho trouxe o instrumento dos Estados Unidos.
EB, vc vai contar a história do "Índio" também? Não foi êle a ter o último piti com Bell?
ResponderExcluirBom, quando aconteceu o episódio entre Joãozinho e a banda, eu já não tinha mais proximidade com o Chiclete. Não sei nada a não ser o que foi noticiado.
ResponderExcluirTambém eu, e foi esquisito e nem acho que combina com Bell, que parece gente fina. A Metrópole, na época, estou lembrada, fez uma carga enorme em cima de Bell. Falaram horrores. Enfim, depois, acabaram mostrando o "outro" lado do dito nativo,que não era lá tão santinho, não. Enfim, grana e fama mexem muitas vzs justamente com quem menos tem talento.
ResponderExcluirAcho q Bel fez uma "mandinga", pois Missinho alémm de LINDO, tinha uma voz maravilhosa. Não sei o que houve com seu talento, na época eu fiquei muito sentida. Lembro da música q o trio q vinha atras cantou: " ê ê ô Missinho se picou..."
ResponderExcluirÔ povo feio nesta ft, o que dinheiro n faz...rs. Este ano chiclete canta na pipoca, mas, vale lembrar que está sendo pago como se fosse em um bloco de fato. E, quem pagou por isso foi o povo. Enquanto os ricos ficam MAIS ricos os pobres ficam MAIS pobres. Que merda!
ResponderExcluirFato é: para alguem ganhar, alguem tem que perder! Quem ganhou foi o Chiclete... Um dos primeiros fracassos na música baiana foi o de Missinho... depois vieram outros! Quanto à foto,
ResponderExcluiro padrão de beleza da época era aquele!
Quem perdeu n foi SIMPLISMENTE alguém. E, SIM, o POVO, ILUDIDO na promessa de PÃO E CIRCO! Foto de época ou não, os milhões do desta banda, ajudaram e MUITO...
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