A “ausência de manutenção em segurança preventiva e de equipe técnica qualificada” contribuíram para agravar o incêndio ocorrido na OI, no final do ano passado.
O desastre deixou 4 milhões de clientes prejudicados. Só em Salvador, cerca de 3.500 casas comerciais tiveram um prejuízo de R$ 25 milhões, segundo dados do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia.
Relatórios de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-BA) e do Corpo de Bombeiros identificaram “falhas no plano de proteção contra incêndios da Central da Oi”.
Em audiência no Ministério Público da Bahia, o Crea-BA informou que, em 2009 e 2010, enviou ofícios à OI solicitando informações sobre os responsáveis técnicos dos serviços de engenharia e arquitetura, mas nunca teve resposta. “Quatro anos antes, a Oi teve seu registro suspenso no Crea-BA por não ter responsável técnico em sua equipe, além de ter substituído engenheiros por gestores”.
“A existência de equipamentos de segurança adequados e a quantidade estabelecida teriam permitido um combate ao fogo mais eficiente e o incêndio poderia ter sido controlado em um tempo menor, com menos perdas materiais para a empresa e seus clientes. Assim como afirmado nos laudos técnicos apresentados, houve negligência”, afirma a coordenadora da Câmara de Engenharia Elétrica do Crea-BA, Cristina Abreu.
O laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) diz que “não havia pessoal adequadamente treinado, sobretudo equipado para essa modalidade de incêndio. Não conformidade das normas de segurança, segundo a Lei Municipal de Proteção contra Incêndio número 3077/79, pois não havia dispositivos de prevenção, detecção e combate adequados para o tipo de risco encontrado no local”.
Por intermédio da assessoria de imprensa, a OI disse que tudo isso é mentira!
(Informações colhidas na reportagem Telefonia sucateada, publicada na edição mais recente da revista CREA)
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