sexta-feira, 27 de maio de 2011

O voto gay

A presidenta Dilma Rousseff tomou a decisão de suspender a produção do kit de combate à homofobia nas escolas e o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), meu conterrâneo de Alagoinhas, já deu o troco: ele está fazendo uma campanha para que a comunidade gay não vote em Dilma, num possível candidatura à reeleição.

Daí, conclui-se que quem não votar em Dilma é gay!

2 comentários:

  1. Não voto nela e não sou gay!! Mas os gays não precisam ficar retados com ela, porque ela foi obrigada por aquêles que ela mesma comprou prá apoiá-la no congresso. Não foi de livre e espontânea vontade. Ainda bem, alguém naquela casa(camara) se lembrou de que tem filhos e netos, que só precisam de educação prá aprender a respeitar as diferenças e de polícia prá prender os que cometerem algum ato bárbaro contra quem quer que seja, homo ou hetero.
    Maria Quitéria

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  2. Não é por nada não... A tal bancada religiosa (evangélicos+católicos) se aproveitou SIM do momento, cobrando a fatura pelo apoio em 2010: isso é INEGÁVEL. Mas que algumas partes dos vídeos são bem estranhas. Ah, isso são. Pra quem não viu, tá no Youtube desde 2010. São três vídeos: "Probabilidade", "Torpedo" e "Bianca". O primeiro, que, segundo consta, que foi o que Dilma assistiu [vou adiantar estória; quem quiser assistir...] mostra um adolescente que se apaixona por uma garota, mas se muda de cidade e faz amizade com garoto gay. Não sabia disso, mas depois de saber, não liga, mantém amizade numa boa, sem stress. Até aí tudo bem, né não? Mas a coisa fica estranha quando o amigo leva ele numa festa de despedida de um primo, que tava se mudando pra outra cidade. Papo vai papo vem ele sente atração pelo carinha e fica na dúvida sobre sua preferência sexual. Aí vem o conteúdo capcioso... O narrador diz mais ou menos assim [confiram no vídeo]: ele pensou que assim seria até mais legal, agora tinha duas vezes mais chances de se apaixonar por alguém... Quanto aos outros dois, não consegui perceber nada mais explícito, mas vejamos. No segundo, uma menina lésbica liga pra outra avisando que tiraram fotos das duas numa festa, espalhadas pelo colégio, sendo as elas agora alvo de gozação. Mas elas decidem enfrentar o preconceito e assumir. O que fazem na frente de todo mundo, o que fica fica só no abraço e sorriso (subliminar). No terceiro, uma transexual fala da dificuldade em ser aceita com a sua personalidade feminina, em especial ser chamada de Bianca [como na chamada na sala de aula], mas mesmo assim diz que não vai desistir. Mensagem subliminar: seja bissexual, se assuma pra todo mundo e não abra mão do direito de optar ser assim. Conclusão [parece absurdo, mas...]: parece até que o raciocínio é: com menos héteros ortodoxos, e mais bissexuais na sociedade, preconceito contra gays deve diminuir e quem o for, viverá em paz.
    Pode até soar homofóbico, mas o fato é: tem que se mostrar que se deve conviver com as diferenças, não tentar doutrinar em torno da opção homo/bissexual. A sociedade tem, sim, que dizer que aceita quem o for, mas o perceber-se depende de cada um, de acordo com a maturidade própria a cada indivíduo. O que escola tem que ensinar é: por mais que um coleguinha seu apresente algum trejeito ou indicativo de que [possivelmente] será gay, você, criança, não tem como saber se será de verdade. Deixe que ele mesmo se descubra e, se ele for mesmo, aceite-o do jeito que ele quiser ser, conviva com a diferença... E só.
    Tem também a questão da família, que é delicada: a família, de acordo com a sua cultura (o que inclui também a religião) pode tentar passar suas tradições e seus valores, desde que não cause traumas na criança, caso haja clara predisposição à homo/bissexualidade na mesma e ela não aceite a orientação da família, em momento no qual tenha maturidade para se compreender como tal. E saiba conviver com isso, tratando a criança normalmente... Saibam que famílias não-religiosas também praticam algo comparável a bullyng com crianças que apresentam suposta tendência [mesmo que fruto de percepção equivocada] à homo ou bissexualidade. (Percebo isso em casa de vizinhos...) E isso tem SIM que ser combatido.
    Mas escola ou grupos sociais externos à família quererem impor pensamentos à criança através da escola, isso a presidente tem mesmo que vetar, para produção de um material realmente eficaz para combater a homofobia, sem exageros nem segundas intenções.

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