Duvido que você não conheça ou já tenha ouvido falar de uma pessoa que já fez isso: quando nem se sonhava com e-mail e telefone tinha um alto custo e era artigo de luxo, a carta era o meio de comunicação mais usado por jovens e velhos.
Já naquela época existia uma espécie de hacker. Os envelopes das cartas eram fechados com cola. Se você expusesse o lugar da cola, durante um certo tempo, ao vapor de água fervendo, ela se abria facilmente.
Ah! Quanta gente andou abrindo cartas alheias em bicos de bules, chaleiras etc.
Um conhecido meu trabalhou 10 anos num posto de Correios num povoado e perdeu o emprego
justamente quando perceberam que ele sabia da vida de todo mundo no lugarejo.
Era o hacker dos anos 60!
O nome disso não era "hacker", era abusado, cretino e fofoqueiro, além de criminoso, ORA!!!
ResponderExcluirPor isso, até hoje, tenho o hábito de, em correspondências sigilosas, pego uma caneta e faço risquinhos na junção, de modo discreto e até nomes de família, de tal modo que se alguém descolar, dificilmente conseguirá disfarçar, porque dá prá perceber que a correspondência foi aberta. Claro, a combinação é via de mão dupla.
Lena
Tem até uma estória, salvo engano em um conto de Fernando Sabino [quem tiver certeza, por favor me confirma], em que uma certa velhinha também trabalhava nos Correios e também tinha esse mau hábito. Até que um "sabido" foi até uma cidade vizinha, escreveu uma carta boba qualquer pra um amigo, usando um pseudônimo, encerrando mais ou menos assim: "Como prova de que é verdade o que lhe digo, segue no envelope um fio de cabelo meu". Mas não tinha cabelo nenhum no envelope... A velha se viu doida procurando o tal cabelo e nada. Teve que tirar um dela mesma, e os dois amigos tiveram a prova definitiva de que ela abria mesmo as cartas.
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