quarta-feira, 13 de abril de 2011

A empresa do apagão



Hoje, senti minha profissão sendo rejuvenescida em mais 30 anos (o mesmo tempo que já tenho nessa lida), quando vi essa primeira página de A Tarde, dizendo "Apagões na Bahia passam do limite" (veja também outro post de hoje: O "sucesso" da Coelba). 

Há pelo menos 5 anos que eu fiz uma série de matérias, justamente em A tarde, sobre o péssimo serviço prestado pela Coelba. Quase fui trucidado na época, inclusive por um colega do próprio jornal, incompetente e incapaz, que chegou a dizer que eu estava recebendo propina pra falar mal da empresa de energia. Tudo porque o dito cujo é amiguinho da direção da Coelba.

Fiz matérias na sede e na zona rural de Feira de Santana e em mais de 10 cidades da Chapada Diamantina. Vi, em Ibiquera, uma casa de farinha pública novinha, mas sem funcionar há seis anos, porque não havia energia suficiente para os equipamentos.

Vi, no distrito de Bonfim de Feira, dono de uma pequena padaria perder três mil pães, porque o local ficou sem energia três dias.

No distrito de Paiaiá, em Santo Estêvão, a Coelba teve que fazer melhorias urgentes em toda a instalação do local, em 2006, para não fazer o presidente Luis Inácio Lula da Silva pagar mico. 

O homem foi para o distrito lançar o Luz pra todos. Foi a salvação dos moradores, que chegavam a ficar três, quatro dias sem energia elétrica.

São dezenas e dezenas de exemplos do péssimo serviço. Já tive a oportunidade de falar com gente bem próxima do governador Jacques Wagner que ele abra os olhos, pois a Coelba ainda vai causar muitos problemas à Bahia.

Pra encerrar, uma história hilariante da incompetência de algumas empresas que a Coelba contrata para realização de serviços: em Baixio, no Litoral Norte, “eletricistas” de uma empresa dessas foram fazer revisões em padrões. Desligaram tudo em várias residências e, quando ligaram, eletrodomésticos como ventiladores e liquidificadores girando ao contrário! Não acredita? 

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