Naquela época, décadas de 60 e 70, ter a enciclopédia Barsa em casa é como ter hoje um computador de última geração com uma internet super rápida.
Vendedores bem treinados visitavam casas comerciais de ponta e residências dos barões, oferecendo aqueles volumes com uma impressão gráfica impecável, fotos e ilustrações, e, mais do que tudo, a fama de que a Barsa era a maior publicação do mundo em se tratando de enciclopédia.
Algo que qualquer família abonada que prezasse pelo valor do intelecto com certeza teria numa bela estante, bem na sala principal da casa, bem à vista dos visitantes.
Cada vez que eu via uma, ficava fascinado! Mas era uma raridade conseguir folhear pelo menos um volume.
Mas nenhum dos argumentos sobre informações úteis e atualizadas, conhecimentos gerais, importância para a formação dos filhos, fez com que um vendedor da Barsa convencesse um próspero comerciante feirense.
É bem verdade que a coleção era uma pequena fortuna, inclusive com facilidade de pagamentos em várias vezes.
Até que exausto, o vendedor, já sem muita esperança, argumentou:
- Senhor, está é uma coleção que tem uma valorização financeira de 50% ao ano!
- Fico com duas. Pagamento à vista...qual é o desconto? – disparou o comerciante.
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