quarta-feira, 9 de março de 2011

O buzu

Eu quase que pergunto a ela porque o mau humor todo santo dia de manhã. Mas não demorei pra descobrir que ela anda de buzu. Tá explicado.

Vivi cinco anos em Salvador e uns 10 em Feira pegando buzu. É uma espécie de unidade móvel do inferno!

Nessa era do celular, imagino que deva ser bem pior, a julgar pelo mal humor de minha amiga. “Um carinha entra conversando alto com alguém do outro lado da linha. A garota ouvindo uma música horrível sem fones. O toca-toca a viagem toda”, comenta, todo dia de manhã.

No meu tempo de buzu, o pior era o fedor. É, não é mau cheiro, não. É fedor, mesmo! Claro que você pegar um buzu no fim de um dia de trabalho, principalmente no verão, não vai ter cheirinho nenhum. Mas o que impressiona é a “caatinga” já estar no ar de manhã cedo. E é uma “caatinga” tipo a de cadeia, que fica entranhada no nariz pelo menos 15 dias.

Parece que entraram na unidade móvel do inferno depois de se esfregar com o cão!      

Um comentário:

  1. Passando por aqui, senti logo o cheiro dêsse buzu,rs...não deve ser fácil, mesmo. Estou lembrada de ter passado por êsse perrengue, durante a faculdade, onde tínhamos que andar uns bons kms, apertados, em ônibus lotados e com colegas super sem educação, até o campus. Era freud, com certeza. Em casa, diziam que eu chegava amarela...prendia a respiração o máximo que eu aguentava. Olhe, deviam passar os passageiros de transportes públicos por um detetor de falta de banho e alguma tecnica que permitisse perceber durante o trajeto, de onde teria saído algum "aerosol" mau cheiroso.
    Lena

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