quinta-feira, 24 de março de 2011

O tarado do canivete

Década de 70 em Salvador. O Shopping Iguatemi e arredores só passaram a existir a partir de 1975. Antes, o comércio de roupas e confecções da capital se concentrava, basicamente, na avenida Sete de Setembro, trecho entre o Campo Grande e a praça Castro Alves, bem como nas ruas Chile e Carlos Gomes.
Na época, a Bahia tinha três bons jornais: A Tarde, Jornal da Bahia e Tribuna da Bahia. Boa parte da população torcia o nariz para a chamada página policial, pois quase 100% dos crimes e baixarias aconteciam na periferia, nas favelas, bem diferente de hoje em dia.
Um dos jornalistas de destaques da reportagem policial era Moacir Ribeiro, repórter do Jornal da Bahia. Adorava pegar uma boa história e fazer uma série de matérias, diariamente. E uma delas foi a do denominado Tarado do Canivete.
O Tarado do Canivete tinha algum tipo de perturbação que o levava a atacar mulheres de uma única maneira: aplicar golpes de canivete para marca-las com grandes talhos nas nádegas. 
A população feminina vivia em pânico. As mulheres redobraram a atenção sobre qualquer movimento suspeito na retaguarda, dentro do transporte coletivo ou circulando a pé pelas ruas da cidade.
Às vezes, algum engraçadinho gritava em locais movimentados: olha o tarado do canivete! Rapidamente, algumas corriam pra dentro de casas comerciais e outras tratavam de proteger as nádegas com as bolsas ou encostá-las na parede.     
Até hoje, um enigma: uns dizem que o maníaco nunca foi descoberto e preso. Outros garantem que ele ainda vive internado no manicômio Judiciário. Ainda houve quem dissesse que era um mero boato.
Hoje, as mulheres se sentem ameaçadas pelo tarado do sanitário químico. Será verdade? Será mais um boato? 



2 comentários:

  1. O banheiro químici, além de não ser colocado em local tão isolado assim, imagino que seja minúsculo e que qualquer tentativa dessas poderia ser facilmente denunciada, ma hora "H".
    Lena

    ResponderExcluir
  2. Será que alguém tentou mesmo, estuprar alguma mulher nêsses banheiros? Isto está me parecendo mais aquela história do boto cor de rosa, rs...tem mulher que é fôgo...alguém chegou a ver a sombra dessa criatura, por acaso?
    Lena

    ResponderExcluir