Final da década de 90. Quase mil estudantes fazem uma manifestação na frente da Câmara Municipal de Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, contra o péssimo serviço de transporte coletivo.
O presidente do Legislativo, Antônio Carlos Coelho, suspende a sessão, que ainda acontecia à noite. Uns dois vereadores, temendo agressões dos jovens, resolvem sair pelo lado da Casa da Cidadania, pulando uma janela da antiga sala da Assessoria de Comunicação, que ficava bem longe da frente do prédio.
Eu era assessor de imprensa, pedi a palavra na reunião e argumentei:
- É uma vergonha os vereadores de Feira de Santana saírem da Câmara pelos fundos, com medo de uma manifestação de estudantes. Eles estão apenas protestando, gritando. Os senhores vão tomar uma vaia, mas não vai passar disso.
Convenci a maioria. O presidente Antônio Carlos Coelho liderou a saída, pela porta da frente. A vaia foi estrondosa, mas não ocorreu nenhuma agressão física aos vereadores.
Manifestação de estudante não é violenta. E o “orgasmo” é quando a polícia é chamada, porque aí está a prova de que o sistema opressor está presente pra enfrentar meia dúzia de meninos e meninas.
Opinião de quem participou de manifestações estudantis na ditadura militar. Mas tem “liderança” política que não aprende nunca, porque só viveu melancolicamente ao lado do sistema opressor.
Só não concordo com essa de que todo o mundo que esteja do outro lado, seja "opressor", como se tudo o que os estudantes fizessem e quisessem, fôsse o correto.
ResponderExcluirFalando dos universitários, por exemplo, já a muito, se tem aquelas figurinhas carimbadas da UNE, que nada fazem na vida que ficar fazendo política e nem ao menos se parecem estudantes. Desde o primeiro mandato de Lula que êsse "coisinha", que nada faz, se rendeu ao petralhismo, nada reivindica para as universidades em péssimas condições, sob vários aspectos, não pintaram suas caras por causa dos mensaleiros, do mensalinho, do..., do..., também, etc e tal, em troca de algum dinheiro do govêrno Lula prá UNE. Já foram dignos de consideração e de serem ouvidos, mas hoje, não.
Lena