quarta-feira, 1 de junho de 2011

O beijo fatal


Acho que já se vão uns 13 anos que pedi demissão da TV Subaé. Passei 10 anos naquela emissora, afiliada da TV Globo em Feira de Santana, e foi uma das mais espetaculares experiências da minha vida, principalmente porque vivi toda a preparação para entrar no ar.

A TV Subaé foi um marco importante, naquele 1988, para a região. Um divisor de águas no jornalismo feirense e também para a comunidade e todas as suas aspirações.

O ineditismo da TV na cidade foi invocado até para tentar resolver pendengas domésticas. Numa Micareta, fui escalado para cobrir um baile gay, na casa noturna Cabaré, na avenida Maria Quitéria.

Tão logo entramos, um cidadão alto, forte, se aproximou da equipe, se dirigiu ao cinegrafista (Adilson) e disparou:

- Olha, vou dar um beijo naquele travesti ali e quero que você filme e bote amanhã no jornal. Quero que minha mulher assista em casa e peça a separação.

Esperto e brincalhão, Adilson disse que filmaria, sem problemas. O cidadão pegou o travesti, deu-lhe um prolongado e tradicional chupão, e o casal ganhou até close. Só que nada foi ao ar, é lógico!

Eles aproveitaram o embalo, continuaram o romance a noite toda e nós fomos trabalhar.

2 comentários:

  1. Mas assim, assim, do nada? Ou já se conheciam?
    Se não, fico espantada...gostar do "babado" tão fácil,rsrs...que perigo!
    Ana Carolina

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  2. kkkkkk...Oh! Ana, e vc acha que ele estava querendo a separação por que?

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